terça-feira, junho 26, 2007

Para não transbordar



Para não transbordar em ruínas
Vou cravar no fundo da alma
O canto doce do sabiá
E me lançar no ar
Que sustenta meu mundo.
Travo portas,
Abro janelas.
Tenho medo do fosso de mim mesmo...
É tudo muito escuro.
Mas desço!
Acho que de lá conseguirei ver do alto
Os refluxos da maré alta
Que teima me sufocar,
Mas nado.
Eu sei que tenho a areia
Para me deitar.

2 comentários:

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

Às vezes, precisamos mergulhar fundo e adentrar abismos para descobrir preciosidades...
Abraços alados!

Anônimo disse...

Amigo, Jacinto. Só hoje pude visitar o blog que você nos apresentou. Gostei muito da apresentação. Quanto aos poemas preciso lê-los com mais atenção. Depois lhe falo alguma coisa. De qualquer modo você está de parabéns. A apresentação é muito bonita. Abraços, Maura.