domingo, maio 27, 2007

A chuva

Um dia me disseram que a chuva
É sinal de prosperidade,
O campo fica mais verde,
As flores mais coloridas e cheias de perfume.
O que me intriga é fazer chover dentro de mim
Com as lágrimas que não me fazem prosperar,
Não me fazem ficar mais verde,
Nem florir no jardim de meu coração.
O que sei é que a chuva de lágrimas
Que cai de minha alma
Só me inunda e, às vezes, até me faz
Ficar ilhado, ou desabrigado de mim mesmo.
Sinto até seu frio
Que me provoca o corpo molhado
A ponto de congelar.
Mas, uma coisa tenho de admitir:
Estou aprendendo, com as lágrimas,
A regar o mundo de mim mesmo
E esperar o sol secar-me os charcos das agruras,
E sentir frutificar-me doce de emoção.

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