domingo, maio 27, 2007

Escrita

O que posso te escrever,
Se as palavras não funcionam
como indícios do que sentimos na alma.
Mas escrevo!
Escrevo a lágrima,
Escrevo o sorriso,
Escrevo os labirintos que percorro
a cada investida,
a cada contravenção,
a cada via estreita de mim mesmo...
Escrevo o sol,
Escrevo a lua,
Escrevo as horas de meus sonhos.
A pena escorrega,
a tinta me borra as mãos,
mas o papel outrora em branco
se manifesta em rabiscos
da minha vida.

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