
Acabo de ser enredado por mim mesmo
Minha tessitura me ata
Não desata o fio
Que me enovela.
Enlaço-me
E espero o tempo
Se esticar,
se alongar
no novelo de minha existência.
Minha tessitura me ata
Não desata o fio
Que me enovela.
Enlaço-me
E espero o tempo
Se esticar,
se alongar
no novelo de minha existência.
Um comentário:
Este teu poema parece dialogar com um dos meus, veja:
Entrelinhas
-
Além do Abismo
-
Viajando entre os véus voláteis dos sonhos
e através das entrelinhas e entrelaçamentos
somos presos ou nos soltamos?...
-
A liberdade-ilusão
fugidia
vem, nos auxilia
a sair da prisão
construída pelos cruzamentos
entre dúvidas,certezas e desejos...
-
A rede de conexões
entre os aparentes acasos
cujos fios costurados
pelo olhar atento,
agudo e crítico
permite a ultrapassagem
ou mais nos captura?...
-
Nesta ânsia de encontro
com algo que buscamos
e do qual fugimos
( verdade revelada
pela falha fugaz, de relance
num instante que cintila )
seguimos adiante
e sempre atrás
do além do abismo...
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